terça-feira, 6 de setembro de 2011

Oi, prazer. NÃO sou jornalista!




 Hoje venho aqui falar à vocês sobre uma coisa que ando vendo muito aqui nessa internet.
 Depois que o jornalista foi rebaixado a ... "qualquer um". Aham para quem não sabe
foi aprovada já faz muito por 8 a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) a lei que derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. 
  Então graças ao STF e a seu presidente, Gilmar Mendes, o jornalismo é uma profissão que foi rebaixada.  Não é de hoje que sabemos que politico odeia jornalista, então arrumaram um jeitinho de ferrar com os profissionais de jornalismo.
 Os benefícios? Vai beneficiar os babacas de plantão que acham que jornalismo é só escrever
qualquer besteira e encher linguiça. 
 Os malefícios : O salário do jornalista caiu 1000 X e qualquer semi analfabeto pode se candidatar a uma vaga nessa área. Claro que os grandes jornais continuarão a exigir o diploma, pois não arriscariam sua reputação contratando um funcionário meia boca. Mas também facilitará a contratação de amigos, parentes, ou qualquer conhecido que tenha interesse a vaga, pois o indivíduo nem diploma precisará ter.




 Mas o que venho dizer aqui hoje não é exatamente sobre a lei em sí, mas as bizarrisses que ando vendo por aí, principalmente na internet. 
 Todo o dia me deparo com inúmeras patricinhas, playboyzinhos, roqueirinhas, e roqueirinhos babacas, estudantes de moda, estudantes de culinária haha.. enfim...estudantes de tudo, junto com as váaaarias tribos de imbecis que se pode existir nesse país, se auto intitulando "Jornalista"! 
 O que faz uma pessoa que não estudou se auto denominar jornalista ? Pessoa que muitas vezes pelo jeito que ela escreve ou fala, da para perceber explicitamente que é uma pessoa semi analfabeta.
 É triste ver que uma profissão que eu achava tão bonita, uma profissão feita para pessoas inteligentes exercerem, se tornou uma porcaria aqui nesse país.  E não digo pelos profissionais, pois no Brasil temos excelentes jornalistas, profissionais competentes, que estudaram, que se dedicam à profissão, principalmente na área de jornalismo investigativo. Falo pela banalização da profissão, pela desvalorização do profissional que estudou e que sabe fazer um jornalismo de qualidade.
 Fiz jornalismo e não fico dizendo aos quatro ventos, não tenho orgulho de ficar me vangloriando jornalista, por mais que eu saiba escrever bem e tenha estudado para tal, sendo que mais 500 mil menininhas babacas que escrevem em blog de moda, blog de rock, blog de fofoca...colocam em seu perfil : Sou Jornalista!
 Alias não importa qual seja sua profissão, ou o que você estuda, ficar se vangloriando com isso só mostra o  profissional de merda você será no futuro.
 Tem pessoas que tiram fotos de uniforme do serviço, de Jaleco,  etc... só para postar nas redes sociais.
 Tem coisa mais ridícula ? Gente profissionalismo é uma palavra que não cabe no vocabulário desses futuros ou não profissionais hein.
 Mas não fugindo do assunto, o que estou querendo registrar aqui hoje é a falta de reconhecimento do profissional de jornalismo. E acredito que muitos que estudaram para tal, também ficam indignados ao verem a banalização de uma profissão tão bonita.
 E não, não grito aos quatro ventos, oi sou jornalista, tanto que no meu perfil está jornalista de brinquedo, é por essas e outras que levo a profissão na brincadeira e não à exerço, também devido ao péssimo salário e por não querer disputar vaga com imbecil sem estudo.
 Por isso deixo aqui apenas um desabafo, e não me indigno tanto pelo salário que a partir dessa lei passou a ser mais baixo, mas pela quantidade de gente acéfala que não tem capacidade nem pra se limpar direito quando vai ao banheiro, mas escreve em seu perfil da internet a palavra "jornalista".






;*

2 comentários:

  1. Hahaha, me diverti aqui com o seu post. Eu não levo a mal quando alguém deixa no seu "quem sou eu" a profissão, acho até normal, e não algo com objetivo de dizer "sou melhor". Claro que deve ter gente que quer se gabar de ser médico, advogado, engenheiro ou sei lá o que. Mas se eu fosse me estressar com cada coisinha que percebo por aí, já estaria cheia de rugas, parecendo uma Matusalém. Tô nem aí! (A não ser esse passarinho do twitter tampando os textos e me deixando doida, huahua). Enfim! Quanto a profissão ter sido rebaixada, vou te falar uma coisa: fiz 2 anos de jornalismo em uma universidade católica aqui na minha cidade (que sonhava em ser uma PUC mas não podia porque é de salesianos, imagine só) mas saí porque o prof. de LÍNGUA PORTUGUESA falava errado. Acredita?! Eu lá pagando o olho do c* em mensalidade pro prof. falar pior do que eu? Saí, óbvio. Quanto aos meus colegas, tinha gente lá que não sabia nem mexer no Word, e em vez de ir pentelhar o prof., ficava atrapalhando os outros, perguntando onde fazia isso e aquilo. E, sinceramente, vendo pelo jornalismo aqui do MS, não faz diferença mesmo esse negócio de ter diploma. Outros professores do curso já diziam sobre aquele negócio de "se escrever o que o governo não concorda, não para em empresa nenhuma". Me decepcionei (e ainda me decepciono!) muito com o jornalismo, não só daqui do fim do mundo, mas também dos grandes centros. Já viu aquela do Bóris Casoy zoar os garis? Peguei nojo daquele velho. Sem falar de repórteres que fazem perguntas idiotas - e isso tem aos montes pelo mundo todo!
    Abraço :P
    Eny de Souza (Docinho)

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